quinta-feira, 14 de maio de 2009

Eu conto um conto

-Por algum motivo me mandaram pra cá, pra este corpo, esta voz, estas feições, esta vida e então eu entrei neste caminho de mão única e nele segui, estrada encantada,
ás vezes preta e branca, ás vezes pintada.
-Conheci neste caminho seres fantásticos e deles falo com orgulho...


O Homem-Verde

Ele não nasceu herói, ele se fez, e eu o intitulei assim...
Seus poderes são ilimitados, seu dom maior:
Acolher com seus braços longos.
Suas fraquezas: preguiça e gula.
Um mortal com toque de herói
Homem-Verde, o herói generoso.
-Quando o conheci ele estava disfarçado de estudante, era um menino meio magro meio gordo, com pinta de galã, logo nos tornamos amigos;
Seu segredo vim descobrir depois com os anos ao seu lado
-meu melhor amigo é um herói encantado-
Não usa sunga por cima das calças legging coladas, não tem capa, nem máscara, mas ele é herói.
O Homem-Verde sai para balada, é descolado, ousado, cercado pela multidão ele dança, se diverte, bebe;
Chega em casa pela manhã e então adormece, nessa hora o forte herói vira uma criança, a mesma que conheci anos atrás, da qual não quero me separar jamais.
-Eu sei que o herói nasce pra salvar o mundo e ao mundo ele pertence, mas meu melhor amigo ele será, pra sempre.
Já me salvou tanto da ilusão.
Não é atoa que eu o admiro.
Além de herói, minha base, meu chão.
O Homem-Verde é insubstituível.


Princesa Olhos d’água

A conheci quando ela em meio á nós plebeus, me mostrou o brilho enorme de sua alma através de seus olhos.
Esta princesa parece frágil, encastelada, mas é forte, tem voz sonora, risada enérgica, perfume fresco em seus cabelos negros, que ás vezes me lembra os de uma santa, santa pecadora sem pecados;
Sua pele branca á deixa com ar de anjo.
A princesa olhos d’água me aquece, me adormece em seus braços que nem meia volta dão em meu corpo mas seu coração maior que a alma do mundo palpita junto ao meu e ali eu ficaria por horas, dias, uma eternidade á sentir o batuque de nossos corações, mas se logo tenho que ir embora, dou um beijo em sua fronte, mas comigo levo adiante sua imagem, seu beijo doce, seu perfume fresco, seu olhar expressivo, sua energia estonteante.
Porque sem ela eu não vivo, e então eu rezo á Deus do céu para tê-la minha todos os dias.
Princesa Olhos d’água, menina linda.

A morena com flor no cabelo

Ela não liga pra nada, adorna o cabelo, pinta o rosto, põe seu vestido branco e sai pelo mundo.
Ela só quer se divertir, dar risadas, encontrar uma balada, fazer sua casa na madrugada mas voltar pela manhã e não ter que deitar no divã; culpa?! Ela não tem
Admite seus erros mas não se arrepende.
Faz de tudo um batuque, pra tudo é motivo de festa e comemoração.
Ela fala mal do meu drama, mas no fundo eu sei que ama.
Contos trágicos de amores proibidos?! São seus favoritos.
Ela tem um broto divino, e dele cuida bem.
E por mais que alguns a pintem como demônio, sei aonde está seu lado angelical.
Talvez ela não saiba como é especial.
-Mas eu sei.

A mulher-pássaro

Me ensina como voar alto, como querer as nuvens, os topos das montanhas mais altas, a querer os adornos dos faraós, as coroas dos reis, o cocar do cacique, as jóias da rainha.
Quando a mulher-pássaro abre suas asas, ela vai longe e não teme, ás vezes ela pára, descansa e até permite decepcionar-se, mas nunca desiste de voar e então logo põe suas asas livres contra o vento novamente.
Daqui eu vejo seu vôo e ela vai longe.
Afinal quem busca nunca estará perdido.


A pequena “bicho-solto”

Só a mim ela mostra sua fragilidade.
Faz-se debochada, risada alta, cinismos e graças, mas ela sente.
Alguns á chamam de fria e calculista, eu á chamo de esperta, ela se fantasia de durona, forte, talvez pra esconder essa fragilidade, assim como alguns animais da floresta, ela se camufla, se esconde e some.
Sua energia é como a de um raio;
Ás vezes é tão forte que deixa um rastro.
Muitos á odeiam, eu a admiro, apesar de algumas desavenças,
a pequena me é muito especial.
Seriedade?! Quem sabe um dia?!
Hoje ela só quer brincar, se divertir, dançar...
A pequena “bicho-solto” é tão livre.

A moça do cabelo cacheado

Criatividade e imaginação é seu ponto forte, é nosso ponto em comum.
Mundos absurdos, criaturas estranhas e magníficas, tudo isso nós criamos, iludimos pra enfeitar a realidade que nem sempre é colorida.
Ela oscila entre os dois mundos –o real e o imaginário-.
Independente, ela busca seu lugar ao sol.Sarcástica, até da dor ela zomba, mas não por maldade.
Sempre pergunta sobre seus cachos de mola que enfeitam sua mente viajante.
Até a árvore sinistra nós vamos juntos e de lá cada um segue seu rumo:
-Forasteiros do mundo imaginário.


A jovem filósofa

Ela fala, conta, canta, escreve e então encanta, expõe sua ideia de vida e me mostra o lado bom da moeda;
Moeda que vale tanto, moeda sem valor.
Ela me dá bronca, e diz que nunca aprendo mas sabe que aprendo tudo o que me ensina.
Suas filosofias são verdades universais, respostas que todos temos mas sempre pedimos pro outro responder.
Acho que ás vezes a filósofa veio pra me guiar, assim como vagalumes iluminam a noite da Floresta Encantada ela ilumina a minha caminhada.
Filósofa rara.


O palhaço que quer ser doutor


Conheci também um palhaço, que me encantou com sua piada, cara pintada e abraço.
Pouco tempo levou pra mexer com toda minha aparente frágil estrutura.
Talvez por inocência ele faz graça com meu coração e isso me fascina.
A presença do palhaço é indispensável na minha caminhada, é absurdo viver sem ele.
O lindo e encantador palhaço quer ser doutor
Vai ser então o Doutor Alegria, levando embora com riso toda dor que antes alguém ali tinha.
E se pra estar com o palhaço for preciso ir ao seu circo-hospital, lá eu vou.
Não tenho medo dos terríveis domadores de leões, eles são tão frágeis quanto nós.
Se o palhaço de mim precisar, se o palhaço não souber fazer piadas e começar a chorar,lá eu vou estar, ao seu lado...


Neste caminho que entrei, seres fantásticos encontrei,
como esses: belos e fortes;
Mas também conheci tantos outros, não menos importantes mas se for pra citar todos, vou ter que escrever mais mil contos.
Todos e tantos, levo no coração.
Suas presenças são fundamentais.
Seres cheios de luzes, cores, flores, poderes, amores, jamais abandonarei o caminho onde os conheci, pois este é o meu caminho, meu e de todos nós.
Com eles eu me aventuro, me arrisco, me misturo, me sinto seguro, aprendo e ensino.
Com eles e por mim, eu faço meu destino.
Pra sempre.

-Fim! (do conto, pois o caminho nunca se finda).


sábado, 6 de dezembro de 2008

Felicidade - Danielle Nayra



''Alguém uma vez disse que a ''FELICIDADE'' era igual a uma borboleta. Quanto mais você corre atrás, mais ela foge. E um belo dia, você se destrai e ela pousa em seu ombro.
Há alguns complementos para esta afirmação, creio eu, e um deles seria:
'Aí quando você se descuida ela voa para bem longe'.
Não sei ao certo se todos nós quando lemos algo assim tentamos ver e entender de muitas formas,
cada uma diferente da anterior. Então, estive pensando que assim como enxergam o lado positivo
tanto da borboleta como o da felicidade, enxerguei o outro lado.
Felicidade demais ás vezes dura pouco, assim como a vida de uma borboleta, que vive menos de 1 mês.
Mas acredito nos SEMPRES da vida e acredito que também não há um ponto final, só estágios e vírgulas. Há sempre um renovação.
Então, logo acredito que borboletas são belas e infinitas, como nossa liberdade e felicidade.
E acredito que nossa borboleta pode, vai e deve chegar quando estivermos destraídos e cabe a cada um de nós deixá-las voar para longe e todo sempre e ter seu fim em poucos dias ou lutar e conservá-las em verniz após sua ída, para provar não só á muitos mas para nós mesmos que nem tudo tem que ter um fim.
Nem mesmo as borboletas, muito menos nossa felicidade. ''

texto da minha amiga, Danielle Nayra. (dubhe)
minha anja, filósofa, vagalumA.

:*

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Leve um pouco de mim que levo um pouco de ti.


"Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente que duas almas não se encontram ao acaso." (Antoine De Saint-Exupery)

Ele sabe bem o que diz; autor de O Pequeno Príncipe , um livro que aparentemente
é infantil nos ensina muito sobre sentimentos e sobre os verdadeiros valores que as pessoas já
não vêem mais...bem é isso*-*.
Beijos.
Alan Muniz.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um pouco de mim.

Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. Acho graça onde não há sentido. Acho lindo o que não é. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, o mundo continua rodando, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, existem coisas que não precisam ser explicadas. (Pelo menos para mim).
O que importa é o que faz os meus olhos brilharem, o coração bater forte, o sorriso saltar da cara. Eu acho que as pessoas são sempre grandes e às vezes pequenas, igual brinquedo Playmobil. Enxergo o mundo sempre lindo e às vezes cinza, mas para isso existem o lápis-de-cor e o amor que a gente aprendeu em casa desde cedo. Lembra?
Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de filme de terror, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos entram e saem, nunca sei aonde fui parar. Mas uma coisa eu digo: eu não páro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre pergunto se você está feliz, se eu estou linda, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim, se o café ficou forte demais. Eu sou assim. Nada de meias-palavras. Já mudei, já aprendi, já fiquei de castigo, já levei ocorrência, já preguei chiclete debaixo da carteira da sala de aula, mas palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força.
Sou menina levada, princesa de rua, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Beijo escondido, faço bico, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Amo e invento. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Sem pudor. Quer me entender? Não precisa. Quer me amar? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Criança não liga pra preço, não liga pra laço de fita e cartão de relevo. Criança gosta de beijo, abraço e surpresa!

Fernanda Mello

O texto fala um pouco de mim, um pouco mesmo, afinal
palavras não definem quem somos, mas é lindo esse texto
e acho que fala um pouco do que sou ou do que me tornei ;)
Quem quiser comentar sobre mim tá liberado :)
Beijos.
Alan Muniz

sábado, 25 de outubro de 2008

Acreditar ;)


Alguem me disse que temos mais importância aqui do que imaginamos.
Alguem uma vez me disse que eu posso tudo se eu ao menos acreditar.

Eu sei que tudo isso parece tão clichê.
Mas é certo de que quando se pensa assim tudo pode melhorar.
E com um pouco de otimismo tudo pode mudar.

Porque escolher sofrer, quando se pode sorrir.
As melhores coisas da vida nada pode comprar.
Os melhores momentos da vida não tem preço.

Mesmo tendo consciência e maturidade.
Permita-se ser inocente.

Vamos dar as mãos melhores amigos.
Vamos correr, sorrir, cantar, ver o sol se pôr
e a lua cheia refletir em nossos olhos, vamos correr na chuva
e saiba eu sempre estarei com vocês.

Porque o melhor desta vida é ser feliz.
Esqueça as placas, as regras e os sinais.
Vamos andar a pé.

Eu ando pelas ruas e canto a canção que diz;
Que o amanhã pode ser melhor se eu quiser;
A canção que diz que não estamos aqui por acaso
E que a vida tem mais valor quando se ama de verdade.

Permita-se ser livre.
Permita-se ser feliz!

A canção que quero ouvir toda vez que eu pensar em desistir!

Alan Muniz.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Lei do Retorno

Muitas vezes já ouvimos aquela velha e conhecida frase:
-O mundo dá voltas!
Deveriamos acreditar mais nela, afinal o Universo conspira sempre á nosso favor.
Como?
Tudo o que fazemos, pensamos ou desejamos, o Universo nos traz de volta;
Ele não julga se é bom ou ruim, nem as consequências que nos trarão.
Ele é apenas um empregado da Vida, que nos devolve tudo aquilo que mandamos.


Tudo o que pedires, receberás!
Por isso muito cuidado com o que você pede;
Pois é você quem vai receber!
Alan Muniz.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

♪ Mão no bolso*-*

Tradução de Hand in my pocket da Alanis*-*

Estou dura mas feliz
Sou pobre mas gentil
Sou baixinha mas saudável, sim
Estou viajando, mas estou de castigo
Sou sensata mas subjugada
Estou perdida mas tenho esperança, querido

E a que tudo isto se resume?
É que tudo ficará bem, bem, bem
Porque uma de minhas mãos esta no bolso
E a outra está dando um aperto de mão

Sinto-me bêbada mas estou sóbria
Sou jovem e ganho muito mal
Estou cansada mas estou trabalhando, sim
Eu me importo, mas estou inquieta
Estou aqui mas na verdade não estou
Estou errada, e sinto muito, querido

E a o que tudo isto se resume?
É que tudo ficará numa boa
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está acendendo um cigarro.
E a o que tudo isto se resume?
Ainda não entendi tudo
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está fazendo um sinal de paz
Eu sou livre, mas sou dedicada
Sou imatura, mas sou esperta
Sou durona, mas sou amável querido
Estou triste mas estou rindo
Sou valente, mas sou uma covarde
Eu sou maluca, mas sou bonita, querido

E a que tudo se resume
É que ninguém conseguiu decifrar tudo
Porque uma de minhas mãos esta no bolso
E a outra está tocando piano
E a o que tudo isto se resume, meus amigos?
É que tudo ficará bem, bem, bem
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está chamando um táxi


''E eu não canso de ouvir, de ler e reler essa música.
Ainda não descobri porquê.Mas isso pouco importa,
como já disse Anitelli: -Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais...!
As coisas que as vezes não achamos explicações, creio que foram feitas para serem curtidas, apenas isso.Deixemos as explicações para outras coisas''
Boa Tarde. Alan Muniz